sexta-feira, 8 de outubro de 2010

DIARIO DE FÉRIAS
Hoje acordei pela manhã no meu castelo Medieval, pedi aos meus criados que pegassem a melhor carruagem e trouxessem minhas amigas mais queridas para passarmos o dia juntas, respectivamente Majestade Patty e Majestade Lu. Quando estas aqui chegaram peguei meu tapete encantado e voamos por uma SP pobremente ensolarada. Aportamos o Mosteiro de São Bento para uma breve saudação, fomos recebidas pelos Monges que haviam nos preparado pães quentinhos, e também nos serviram aquele vinho licoroso, doce, encorajador...
Nos despedimos e subimos para a Casa da Marquesa de Santos, mas esta não pode nos receber em virtude da reforma no palacete, que já dura cerca de 10 anos...e blá blá blá, Acho que ele precisa é de um ConstruCard.
Seguimos então para o Pátio do Colégio onde José de Anchieta nos recebeu com muita alegria, mas se desculpou por não poder nos oferecer o famoso café nacional que tanto esperamos...é que as fazendas de café estão em declínio e o produto não tem chegado aos armazéns. Acho que o país dele deve estar em crise, pois o coitado até tentou nos vender um livrinho de poemas...
Nos despedimos e seguimos viagem...Chegamos ao Empire State Building Trash (aquele que foi comprado por uma empresa lá dos Confins da Espanha) e nos deparamos com uma manifestação de cunho socialista, vermelha, assim pouco democrática sabe...então não nos foi permitido subir e observar lá de cima as belezas do Taj Mahal, Anhangabaú, Triangulo das Bermudas... Resolvemos então fazer um vôo pelo Mundo da Moda, curvamos o tapete para um lugar sombrio, onde as pessoas se vestiam com roupas escuras, desenhos de caveiras, músicas barulhentas, tenis coloridos, uma mistura de mau gosto com falta de estilo. Achamos tudo Bizarro, um mundo de cultura nada parecido com o que vivemos em nosso pais, embora, confesso, divertido. Descemos as escadarias da Galeria do Falso Medo e nos dirigimos ao pais vizinho, ao Olido...agendei uma sessão da Ópera Manon Lescaut exclusivamente para mim, Princesa Zafira da Terra de Prata ( ah essa sou eu), e para minhas amigas.
O Sol começou a ficar mais forte, sentimos fome, e me lembrei que um banquete nos esperava no Café Girondino, um restaurante tradicional do centro de São Paulo, uma capital caótica localizada num pais chamado Brasil. O Banquete foi oferecido pelo Tio Eduardo, que nos fez companhia pelas cinco horas que lá permanecemos. Menu para Princesas: escalotes de filet mignon ao molho de pimentas verdes, risoto de palmito e muito vinho, sobremesas diversas, nenhuma “engordativa”. Simplesmente Divino...Saímos de lá bastante alegres, subimos no tapete encantado e solicitamos que nos levasse ás compras. O GPS do tapete indicou o pais Marrakesh, pois lá existe uma rua com um milhão de kilometros de extensão, que é cheia de lojas incríveis, com produtos indispensavelmente supérfluos a preços absolutamente insólitos. Percorremos pacientemente a famosa 25th Street, conhecemos todas as novidades primavera verão 2011, cuja inspiração foi baseada num estudo profundo nas tendências para a imbecilidade e futilidade, que leva o ser que se acha humano a gastar seu mísero tostão, dolar, dracma, peso, ou algo que o valha, com muito lixo que amanhã, se Deus quiser e a educação mandar, será lançado para uma lixeira de reciclável. Um momento assim Capitalista, democrático...Achei tudo muito bonito, as vezes excessivamente colorido, mas nada comprei, pois meu cartão de crédito, com validade até 2014, dourado, daquele que acumula milhas, não é aceito para mercadorias das grifes TABAJARA, que é o que reina em Marrakesh, 25th Street, uma coisa assim globalizada...
Depois de economizar uma fortuna não comprando nenhum lixo sem nota e sem garantia, seguimos cansadas para o Ministério da Identificação para retirada de documentos que comprovam a minha existência na Via láctea, Sistema Solar, Planeta Terra, etc e tal. Chegamos lá no horário agendado, meu nome logo foi chamado, e enquanto as meninas me esperavam foi servida deliciosa água gelada para refrescar a linda tarde de sol. A emissão do documento foi muito rápida, só tive que ir até lá 299 vezes para virar gente, acho até que o tal Ministério deveria mudar seu nome para algo mais apropriado, algo como Ganha Tempo...sabe.
Esqueci de dizer que durante o trajeto passamos por um Edifício de rara magnitude restaurada, de nome Instituto Cultural Banco da Sbornia, (acho que é esse o nome) e lá estavam ensaiando uma peça em nossa homenagem: Mulheres que Bebem Vodka. Por respeito aos anfitriões resolvemos partir, pois no nosso almoço tomamos a bebida errada, nada de Vodka, muito vinho. Ademais achamos conveniente retomar as aulas de russo (que aliás me esqueci de fazer a re-matrícula) para compreender na íntegra o conteúdo patológico da questão.
Depois de uma longa jornada resolvi voltar ao castelo e re-programar minha vida no Planeta Férias, lugar onde raramente consigo me hospedar, mas onde sempre sou recebida com pompa e circunstancia pelos meus súditos.
Agora me encontro em descanso, no catre luxuoso desta rica morada, me refazendo para amanhã continuar a minha doce odisséia (epa, odisséia é outra história), e dividir minhas experiências e impressões com vocês.
Desculpem-me se por vezes não sou assim explícita, é que e discrição me impede...
Saudações
Dasvidania!

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